Joanesburgo: onde natureza e história caminham juntas

Joanesburgo: onde natureza e história caminham juntas

A última parte de nossa viagem à África contemplaria quatro dias em Joanesburgo. E a nossa breve passagem por ela (na chegada ao país) já despertou nossa curiosidade e aumentou a expectativa em relação aos dias que passaríamos ali. Sabíamos também que a cidade possui uma grande carga histórica: foi lá onde nasceu e viveu Nelson Mandela, a principal figura do Apartheid e um verdadeiro herói para os africanos. Já havíamos lido sobre ele e toda a história do Apartheid, mas visitar Joanesburgo impressiona. E mostra que temos muito, mas muito o que aprender com os africanos. Seja sobre tolerância, igualdade e luta pelos direitos (e sonhos) de cada um.

 

O líder Nelson Mandela

Joanesburgo é o berço de Mandela. E ter a oportunidade de vivenciar um pouco da história dele em cada pedacinho da cidade é uma honra. Visitamos a casa onde viveu Mandela – localizada em Soweto, um distrito que fica a aproximadamente 17 km de Joanesburgo. Uma residência pequena, porém, repleta de detalhes. Nela é possível ver as fotografias de família, os móveis originais usados na casa, além dos prêmios recebidos por Mandela em todo o mundo. A rua onde está localizada a casa também é um capítulo à parte: o forte apelo turístico da região fez com que ela fosse adaptada para receber o grande fluxo de visitantes. E claro, os comerciantes da região também aproveitam para atraí-los. Além de abrigar a casa de Mandela, Soweto é um dos principais símbolos da África do Sul e do Apartheid. Uma região simbólica, que apresenta um clima diferente de todas as regiões que visitamos no país.

 

 

Os reflexos do Apartheid

Entradas geradas aleatoriamente. Brancos e não brancos.

Fomos até o Museu do Apartheid, que fica em Joanesburgo. Uma dica importante: vá ao lugar sem pressa. Passamos quase duas horas no local (foi pouco!) e saímos cansados – tanto de caminhar quanto de absorver toda a história que encontramos lá.

O política do Apartheid que foi implantada na África deixou marcas que até hoje podem ser percebidas na população. Algo tão extremo e inconcebível durou mais de 40 anos e só teve fim em 1994. Ou seja, um fato recente e que ainda deixou feridas abertas. O Museu mostra tudo o que aconteceu no período e os reflexos em toda a população negra. São fotos, vídeos, objetos, jornais da época…Uma experiência impactante, difícil de ser digerida. Mas que não deve ficar de fora do roteiro de quem visita Joanesburgo.

 

 

Todos os animais em um só lugar

No meio da cidade, animais de várias espécies vivem tranquilamente, em um espaço amplo. No Johannesburg Zoo pudemos ter a dimensão da diversidade animal presente na África e no mundo. Foram mais de duas horas de passeio, onde pudemos conhecer flamingos, leões, gorila, camelos, suricatos… O espaço conta também com quiosques para lanches, banheiros, wi-fi em diferentes pontos e mapas, que possibilitam conferir a sua localização no parque. Ahh, sem falar que esse é um excelente lugar para levar crianças! Como ainda não temos filho, prometemos para nós mesmos: temos que voltar aqui com ele (a)! Saímos de lá surpresos (positivamente) e com aquela sensação de que, se tivéssemos tempo, passaríamos o dia lá 😀

 

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Berço da humanidade

O Museu Maropeng, localizado a aproximadamente 50 km de Joanesburgo, guarda um pouco a história da humanidade, como o próprio nome sugere. Maropeng, na língua setswana, significa “retorno ao local de origem”. E é essa a sensação que tivemos quando fizemos a visita.

Além de alguns detalhes sobre a expedição, percebemos que a proposta do Museu é muito mais que expor fósseis encontrados ou mostrar a evolução humana naquele contexto. É proporcionar a interação dos visitantes com a história que está ali. Logo no início da visita, fomos convidados a entrar em um bote, que navega por diferentes estágios da evolução do planeta. Uma experiência sensorial muito interessante. Nas salas seguintes, foi possível ver interagir com outros elementos da natureza humana, como a evolução da espécie, o DNA humano, a cadeia alimentar…

Há também a possibilidade de visitar as cavernas onde foram encontrados os fósseis expostos no Museu. Mas infelizmente não conseguimos ir até lá. Além de ficar distante (e o local não disponibilizar traslado para os visitantes), é complicado encontrar outro transporte na região, caso você não esteja utilizando um carro alugado ou uma excursão. Como fomos de Uber e tínhamos outros passeios planejados para o mesmo dia, optamos por fazer apenas a visita ao Museu.

 

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Nelson Mandela Square e Melrose Arch

Se você deseja conhecer lojas, almoçar em algum restaurante legal ou tomar um café naquelas esquinas charmosas, tenha certeza que aqui você vai encontrar o que procura. Nelson Mandela Square é um prédio que abriga escritórios e empresas, mas também um amplo e diversificado shopping. Nele, muitaaaas lojas – que vão desde fast fashion à marcas renomadas no mundo inteiro. Além disso, há uma ampla praça de alimentação e uma estátua gigante de Mandela no pátio. O lugar é lindo e bem localizado. E muitooo grande. Andamos por horas lá e ainda temos impressão que não faltou explorarmos alguns andares.

Estátua gigante!

 

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Já a Melrose Arch pode ser considerada um shopping a céu aberto. São lojas, cafés, adegas, salões de beleza… Opções que vão desde produtos/serviços caros aos mais acessíveis. A dica é garimpar. Quando o preço está razoável e encontramos peças/produtos que dificilmente encontramos aqui no Brasil, não pensamos duas vezes: compramos! Na Melrose fizemos isso. Com roupas e…vinhos! Procuramos e encontramos ótimos rótulos, com preços bem acessíveis. Portanto, se você tiver um espaço na agenda para visitar esses lugares, vale a pena! (principalmente, se você gosta de fazer compras nas viagens hehe)

É importante destacar que Joanesburgo é uma cidade muito grande e com contrastes sociais bem evidentes – o que também acontece no Brasil. Então, se você for visitá-la, é recomendado agir como se estivesse em uma metrópole brasileira: evite mexer no celular, ostentar objetos de valor ou manusear sua carteira no meio da rua. Não passamos por nenhuma situação de perigo na cidade. Mas é sempre bom garantir 🙂

 



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