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O pôr do sol em Montevidéu

Uruguai é um país muito interessante. Apesar da proximidade com o Brasil, é bem diferente do nosso – tanto em costumes quanto em história. E justamente por isso sempre tivemos a intenção de  vivenciar um pouco do clima de lá.

Os amigos que já tinham ido ao país sempre nos falaram bem do destino, e nós também queríamos ter a experiência de conhecê-lo. Foi quando olhamos no calendário um período de feriado prolongado que possibilitaria a viagem. Decidimos que era a hora de embarcar!

Como o Ricardo adora dirigir, sugeriu que nossa ida ao Uruguai poderia ser de carro. Saindo de Florianópolis, iríamos no sentido do Rio Grande do Sul, para atravessar a fronteira pelo Chuí e chegarmos no Uruguai. E assim fizemos.

A viagem foi beeeeem cansativa mas, em contrapartida, pudemos parar em algumas cidades que não conhecíamos. Foi o caso de Punta del’Este, Colônia do Sacramento (que falaremos melhor em outro post) e até mesmo algumas cidades gaúchas, como Porto Alegre, Rio Grande e o próprio Chuí. Foram alguns tanques de gasolina, praças de pedágio e paradinhas para comermos algo antes de seguir viagem. Mesmo assim, pela experiência, valeu a pena. Viajar de carro também nos deu mais autonomia para nos deslocarmos na cidade, sem que fosse necessário chamar táxi ou irmos em grupos para conhecer lugares simples.

Ainda sobre o carro…

Tivemos que tirar um seguro específico para dirigir no exterior. É a Carta Verde – obrigatória para os veículos que atravessam as fronteiras dos países do Mercosul. Trata-se de um seguro que cobre danos corporais e materiais provocados em terceiros. Importante reforçar que ao emitir esse seguro, o carro deve ser conduzido pela pessoa indicada na apólice. Caso contrário, se houver algum acidente, não haverá cobertura.

Dica! Pesquisamos e vimos que muitas pessoas solicitam a Carta Verde na própria fronteira. Mas recomendamos que você saia do Brasil com tudo certinho, para não perder tempo ou correr riscos. A fiscalização nas fronteiras pode ser demorada, e somada às solicitações de seguro, o seu ingresso no país pode demorar ainda mais. Então, se você já possui um seguro, comunique à sua seguradora a necessidade da Carta Verde, que ela mesma pode providenciar. O documento também pode ser emitido em consulados e agências bancárias. É só se informar!

O que fizemos em Montevidéu

Foram apenas dois dias em Montevidéu. Como estávamos bem cansados da viagem e tínhamos pouco tempo na cidade, nos hospedamos em um hotel localizado no Centro da cidade e resolvemos contatar um serviço de passeio guiado. Assim, conseguiríamos visitar os principais pontos turísticos de uma vez só. Por coincidência, era um período de feriado lá também. Ou seja, pegamos alguns lugares fechados para visitação (como o Teatro Solis, por exemplo). A cidade é linda, com construções imponentes e com ruas repletas de árvores. Em algumas ruas, você parece estar em um grande túnel verde.

Pudemos conhecer a Plaza Indepedencia, que tem no centro uma estátua de José Artigas – um grande herói do país. Da Plaza é possível avistar o Palácio Estévez (onde era localizada a sede governamental do país até 1985), a Torre Ejecutiva (atual sede da presidência do Uruguai), o Palácio Salvo (uma das construções mais famosas da cidade), a Puerta de la Ciudadela (que dá acesso a Cidade Velha – um bairro histórico da cidade) e o Teatro Solis. O dia ensolarado em Montevidéu proporcionou fotos lindas das edificações, que contrastaram com o céu azul.

Estátua equestre do General Artigas
Torre Ejecutiva
Palácio Salvo
Nós dois no meio da Plaza Independência
Puerta de la Ciudadela
Teatro Solis
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O Estádio Centenário, que foi o palco da primeira Copa do Mundo, estava fechado para visitação devido a um show que seria realizado no dia seguinte. Mas aproveitamos para registrarmos a fachada 😀 Pertinho dali conferimos o Monumento La Carreta, localizado no Parque Battle. O Palácio Legislativo é outro ponto que chama atenção na cidade e que também tivemos a oportunidade de visitar!

Estádio Centenário
O estádio da primeira Copa do Mundo – 1930!
Monumento La Carreta
Detalhes da escultura
Palácio Legislativo
Torre de telecomunicações da ANTEL vistado Palácio Legislativo. É o maior edifício do Uruguai.

Fomos também no Mercado del Puerto. Ficamos mais ou menos uma hora lá e pudemos encontrar de tudo: desde lojas com lembrancinhas da cidade à restaurantes ótimos, que servem a famosa Parrillada Uruguaia. O city tour foi finalizado pertinho do mar. É na Plaza de la Armada que os uruguaios se reúnem para curtir o pôr do sol. E nós não perdemos a oportunidade de nos juntamos a eles 🙂

Vista de Montevidéu da Plaza de La Armada. Pessoal curtindo o fim de tarde.
Vista de Montevidéu da Plaza de La Armada.
Plaza de La Armada
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Como no dia seguinte iríamos enfrentar alguns (milhares de) quilômetros pela frente, não ficamos até tarde no Puerto (como alguns turistas do nosso grupo preferiram). Fomos até o hotel e, de carro, aproveitamos para visitar o Shopping Punta Carretas. O lugar é bem amplo, com supermercado, diversas lojas e estacionamento. Aproveitamos a ocasião e jantamos por lá. Várias redes de fast food que encontramos aqui também estavam lá. Apenas os valores nessas redes que eram um pouco acima dos registrados no Brasil.

Shopping Punta Carretas

Dois dias foram suficientes?

Não. Saímos de lá com a sensação de que poderíamos ter explorado melhor a cidade. Mas sabíamos que, por falta de tempo, teríamos que priorizar. Como também era feriado na cidade, tivemos dificuldades para fazer as visitações e acabamos apenas registrando rapidamente o passeio. No entanto, a opção pelo city tour foi uma boa, pois com ele conseguimos ver um pouco de tudo, mesmo que brevemente.

Se você tiver mais tempo, Montevidéu é um destino que vale a pena passar, ao menos, uns quatro dias. Assim, é possível visitar museus, teatros, aproveitar a gastronomia e explorar outros cantinhos da cidade. As esquinas da capital uruguaia eram charmosíssimas, com cafés e bares que faziam você ter vontade de entrar, sentar e bater papo sem hora de ir embora. Os uruguaios se mostraram super simpáticos e acessíveis. Nos pareceu que o espanhol falado por eles é um pouco “mais lento” que dos argentinos, por exemplo (portanto, mais fácil de compreender).

Preços e câmbio

Os preços da cidade não eram muito diferentes dos aplicados no Brasil. Ou seja, um almoço saía, em média, R$25 por pessoa, um suco/refrigerante em torno de R$6… Roupas, tênis e outras peças não eram muito mais baratas que no Brasil (exceto em free shop). Ou seja, não configura um destino de compras

Trocamos reais por dólares, ao invés de peso uruguaio. Mas praticamente todos os estabelecimentos – inclusive pedágios – aceitam real, dólar, peso argentino e também o peso uruguaio. A conversão é feita na hora. Quando fomos (em 2014), o dólar estava em queda e o câmbio compensou bastante.

Não tivemos problemas relacionados à segurança. Mas os funcionários do hotel em que estávamos hospedados nos alertaram sobre alguns cuidados fundamentais: não circular pelas ruas do Centro sozinhos durante a noite, evitar a região portuária neste horário e optar pelo táxi ou carro, mesmo para trajetos relativamente pequenos.

Nossa visita à Montevidéu nos mostrou o potencial desse destino. Futuramente, voltaremos à cidade com mais tempo, para curtirmos um pouco mais daquele pôr do sol que nos deixou um gostinho de saudade ❤



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