A África do Sul sempre esteve em nossa lista de lugares que desejaríamos conhecer. Não estava no topo, mas também não estava no final. Quando decidimos nosso período de férias, passamos a pesquisar possíveis destinos. Consideramos questões climáticas (queríamos viajar para algum lugar que, em junho, estivesse fresco/frio), preços (dentro do nosso orçamento) e opções de passeios legais.
Dentro dos critérios que estabelecemos, a África despontou como um dos destinos mais atraentes. Então, começaram as pesquisas mais específicas… A decisão não foi difícil. Afinal, quanto mais a gente pesquisava, mais nos apaixonávamos por lá.
Sobre o país
A África do Sul está localizada (como o próprio nome sugere) no Sul do continente africano. Faz fronteira com os oceanos Atlântico e Índico e com Namíbia, Botsuana, Zimbábue, Moçambique e Suazilândia. Com aproximadamente 55 milhões de habitantes e a segunda maior economia da África, é considerado um país emergente. Possui três capitais: Cidade do Cabo, Pretória e Bloemfontein. Mas a maior população do país está localizada em Joanesburgo.
Clima
As temperaturas no país são bem semelhantes ao Brasil – principalmente às cidades da região Sul. As estações são bem definidas, com um inverno de temperaturas entre 5º e 20º e um verão mais abafado. O mês escolhido por nós para visitarmos o país foi ótimo! Além de dias ensolarados (apesar do frio e do vento), o clima ameno aumenta as chances de ver os animais nos safáris. No verão, eles circulam pouco pelos parques devido às altas temperaturas e aparecem apenas no começo da manhã e no fim da tarde.
Eletricidade
A voltagem é de 22oV. A dificuldade são as tomadas, com um padrão de três pinos gigantes. Em alguns hotéis tivemos dificuldades até em utilizar o adaptador universal que levamos.
Dica! Verifique se o hotel onde você irá se hospedar conta com adaptadores. E se quiser garantir, adquira um antes mesmo de viajar. No país, eles são bemmm caros.
Segurança
O país é seguro em áreas turísticas. Nos grandes centros e em lugares pouco movimentados é importante ficar sempre atento. Se você tem cautela em sua cidade/país, pra que arriscar em um lugar totalmente novo, não é mesmo? Evite caminhar sozinho à noite (mesmo em áreas turísticas) e opte por utilizar o Uber ou táxi. Além de ser mais seguro, o risco de você se perder na cidade é bem menor.
Como chegar
Há vôos diretos que saem de Guarulhos com destino a Joanesburgo. Atualmente, três companhias oferecem o serviço: South African Airways, Avianca e Latam. Há outras empresas aéreas que fazem o trajeto. Porém, os vôos oferecidos contam com escalas em outros países. No trajeto direto (que fizemos) foram aproximadamente 9 horas de viagem.
Passaporte, visto e vacinas
É necessário apresentar o passaporte, com validade de até um mês da data de retorno (com pelo menos uma página em branco), e o Certificado Internacional de Vacinação (CIV) contra febre amarela. Importante salientar que a vacina deve ser tomada pelo menos dez dias antes do embarque. Brasileiros não precisam de visto para entrar na África do Sul, desde que a estadia não ultrapasse 90 dias.
Moeda
É o Rand Sul-Africano (ZAR). Ele está disponível em cinco notas (R10, R20, R50, R100 e R200) e sete moedas (5c, 10c, 20c, 50c, R1, R2 e R5). Quando fomos, a cotação estava (mais ou menos) R4 para R$1. Levamos dólares e trocamos pela moeda local no aeroporto.
Dica! As casas de câmbio de lá não fazem a troca do real pelo rand. Então, leve dólar ou euro! Também levamos cartão de crédito, que foi aceito em praticamente todos os estabelecimentos.
Apesar da moeda ser desvalorizada, os preços não são muito atraentes. Um jantar que inclui bebida (vinho + água) e dois pratos individuais sai por R$ 50 por pessoa. Outra detalhe importante é que eles tem o costume de cobrar ‘tips’ (gorjetas) por qualquer coisa. Então fique atento e sempre tenha algumas notas de 20 rand ( R$5) em mãos. Souvenirs e presentinhos da cidade são bemmm caros. Chaveiros simples não saem por menos de R$10. Camisas da cidade saem por aproximadamente R$70. A alternativa é caprichar nos registros fotográficos e vivenciar os passeios intensamente. Essas, com certeza, são as melhores lembranças da viagem!
Fuso Horário
São cinco horas de diferença para mais (UTC+2). Ou seja, você chegará em Joanesburgo 14 horas após decolar do Brasil! No nosso caso, demoramos uns dois dias até que o nosso organismo se acostumasse com o horário de lá.
Telefonia
O código é +27. Recomendamos comprar um chip de celular para não ficar na mão na hora de utilizar aplicativos como Uber. As principais operadoras são a Vodacom, MTN e Cell C. Compramos um chip da Vodacom no aeroporto (custou aproximadamente R$50), que contava com 750mb de internet e foi muito útil. Se precisar, pode fazer recargas em supermercados ou lojas de departamentos. Foram oito dias utilizando o chip, que funcionou tanto em Joanesburgo quanto na Cidade do Cabo. Não era muito fácil encontrar Wi-fi pela cidade. A maioria das redes necessitava cadastros, tinha acesso limitado, ou até mesmo, cobrado. Por isso, recomendamos a compra de um chip.
Língua
A África do Sul possui 11 línguas oficiais (!!!). As principais são o inglês e o africâner. Apesar do sotaque mais carregado no inglês, após uns dias na cidade você acaba “pegando o jeito” :D.
Circulando
Três companhias aéreas low cost atuam no país: Mango, Kulula e FlySafair. Para viagens entre as grandes cidades, de até duas horas, são satisfatórias (considerando os baixos preços). Há também a opção do transporte rodoviário oferecido pela Intercape. Utilizamos essa empresa na Namíbia e recomendamos. Porém, você economiza na grana mas perde muito tempo de locomoção. Para quem gosta de mais privacidade, uma opção pode ser o aluguel de carros. As principais locadoras de veículos do mundo atuam por lá, então as reservas podem ser feitas antes mesmo de você chegar lá.
Dica! Leve a carteira internacional de habilitação e não esqueça que o país utiliza o sistema de mão inglesa! Faça um comparativo e veja qual das opções valem mais a pena para você. No nosso caso, fomos de Joanesburgo à Cidade do Cabo de Mango Air. Os serviços e aeronaves eram muito parecidas com a Gol. Exceto o serviço de bordo: até um copo de água era cobrado pela companhia.
Para se locomover nas grandes cidades como Cidade do Cabo, Joanesburgo, Pretória, Durban e Port Elizabeth, uma opção é utilizar o Uber. O transporte público na África do Sul, de modo geral, é um pouco confuso. Eles contam com um tipo de transporte de vans, chamadas shuttles – que não chegamos a utilizar. Em algumas cidades (como Joanesburgo e Pretória) existe uma malha ferroviária, que também não utilizamos. A linha de metrô mais famosa é a Gautrain e pode ser uma opção para quem quer se locomover do aeroporto até às áreas mais centrais da cidade. E claro, há também os táxis. Mas importante reforçar que as nossas experiências com o Uber no país foram ótimas. Corridas tranquilas, motoristas ágeis e pouco tempo de espera. Recomendadíssimo!
Nos posts Dicas para planejar a viagem – Quatro dias na Cidade do Cabo e Dicas para planejar a viagem – Três dias em Joanesburgo disponibilizamos dicas específicas de cada cidade. Acessa lá!